quinta-feira, 21 de maio de 2015

POR QUE CONTROLAR O PATRIMÔNIO

“Controlar é ter o domínio ou poder sobre algo ou sobre uma situação. É conhecer em detalhes o que se tem, teve ou "terá" no instante que se desejar. Controlar é poder saber se o objeto controlado foi modificado, porquê foi modificado, quando foi modificado, quem modificou. Conhecer ainda os efeitos e as causas daquela modificação, assim como os custos incorridos, os riscos de modificar ou não modificar, podendo ainda comparar cenários em momentos distintos. O controle pode ser exercido sobre coisa tangíveis ou não, como: dinheiro, produtos, pessoas, documentos, processos, créditos, débitos etc”

Em contabilidade, existe uma convenção, denominada “convenção da materialidade”. Por esta convenção justifica-se atribuir controles mais elaborados para “coisas” mais importantes e que tenham efeitos relevantes sobre o patrimônio. Para “coisas” menos importantes, justifica-se a adoção de procedimentos mais simples.

Biscoito, Dinheiro e Jóias

Você tem um ou mais pacotes de biscoito, farinha, arroz ou qualquer outro mantimento em seu armário. Você possui também bens duráveis e de grande valor, eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos dentre outros. Há também em sua relação de bens, jóias, dinheiro, obras de arte, imóveis. Você possui também dinheiro a receber de terceiros e dívidas a pagar, algumas das quais relevantes. Sobre qual destes itens você aplicaria controles rígidos e sistemáticos controles com maior emprego de recursos?

Pode-se dizer que, se algo é relevante ou importante, o controle desta coisa é imprescindível. Algumas “coisas” podem possuir grande valor sentimental, mas quando avaliamos essas “coisas” sob o aspecto financeiro e seus efeitos sobre o seu patrimônio, assim como sua relevância nos processos, os controles exercidos ganham importância, devendo ser sistemáticos, rígidos e eficazes.

Imagine uma grande fábrica de alimentos com sua variedade de produtos, sabores, formatos, ingredientes, embalagens e mercado consumidor. Imagine ainda que esta empresa movimente grandes somas em dinheiros, créditos e obrigações, além de possuir sofisticados e caros equipamentos de produção. Neste contexto, o controle sobre os itens do patrimônio seria encarado como algo imprescindível. Ao não adotar um rígido, criterioso e eficaz sistema de controle interno, as consequências para o negócio poderiam ser desastrosas.

Na qualidade de administrador daquele empreendimento, controles seriam necessários para saber por exemplo: quantos e quais produtos há em seu estoque pontualmente, assim como quantos foram produzidos em determinado período ou quantos foram vendidos ou perdidos e ainda, quanto custou produzir aqueles itens e quanto tempo determinado item permaneceu no estoque até ser vendido, e ainda quanto cada produto gerou de resultado, e ainda se o cliente pagou o que devia, quando pagou ou não pagou, se as obrigações estão em dia, se os equipamentos estão sendo utilizados eficazmente ou se estão parados, etc, etc, etc.

Conclui-se então que investimentos em controles estão diretamente relacionado a relevância que determinado componente patrimonial tem sobre o todo ou sobre os processos. Pode-se analogamente associar estes conceitos a qualquer outro item do patrimônio ou sobre qualquer evento que influencie direta ou indireta o patrimônio, como por exemplo o dinheiro, bens de uso, valores a receber, valores a pagar etc. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

RAZÃO DA CONTABILIDADE

Tal como toda ciência, a contabilidade tem sua história, seus fundamentos, seus princípios e técnicas. Muito se escreve sobre a origem desta ciência, seus mecanismos, leis, técnicas e aplicações. O assunto é extenso, complexo e profundo.

Não vou discorrer agora sobre a origem da contabilidade. Neste momento gostaria de ressaltar apenas que tudo teve origem no patrimônio e na necessidade de controlá-lo. Patrimônio este que no conceito contábil, é integrado por tudo que uma pessoa possui, seja, todos os bens materiais, os seus direitos e tudo que esta pessoa tem de obrigações a cumprir.

Patrimônio - A razão da contabilidade

O objeto* da ciência contábil é o patrimônio de uma entidade.

*Objeto de uma ciência é o que delimita o seu campo de atuação.

Seja de uma pessoa jurídica (PJ) ou de uma pessoa física (PF), a ciência contábil foca principalmente o controle e o estudo do patrimônio e de todos os eventos que venha a alterá-lo.

Pessoa Física e Pessoa Jurídica


  • Pessoa jurídica: é uma entidade constituída de pessoas ou bens, sendo dotada de personalidade própria, formalmente constituída em atendimento ao que prescreve a legislação, registrada em órgãos públicos e voltada para a consecução de objetivos pré definidos.
São exemplos de pessoas jurídicas: Empresas, fundações, associações, cooperativas, ONGS, etc.
  • Pessoa física: é o indivíduo, homem ou mulher.
Ambas as pessoas são dotadas de algum patrimônio.
CONTAR E CONTABILIZAR

Eu conto, tu contas, ele conta, nós contabilizamos” foi criado para tentar ajudar a quem se interessa pela bela e árdua tarefa do estudo e do exercício da contabilidade, além de contribuir com dicas e orientações sobre assuntos correlatos com quem pouco conhecimento tem do assunto. Portanto aproveite e sempre que possível contribua com comentários.