sábado, 17 de outubro de 2015

A CRIAÇÃO DE RIQUEZA E A CONTABILIDADE

Você gosta de “estórias” ? Deixe-me contar uma. Ela é pequena e não vai tomar muito do seu tempo. Estou até acreditando que tenho uma faceta de contador de “estórias”. Bom ! A intenção é tentar mostrar o papel da contabilidade na mediação da  riqueza de uma nação e como esta riqueza é distruída pela sociedade. A contabilidade tem forte influência sobre a sociedade. E nós profissionais deste ramo temos uma importância ìmpar. Valorize-se sempre como profissional. Somos muito importantes para o País. E tenho dito!!!

“Imagine um País com 10.000 habitantes, governado por um rei e sua família composta por 40 integrantes. Para assessora-los, o rei possui 60 colaboradores diretos. Os outros 9.900 habitantes daquele País formam o restante da população, são os plebeus. Todos trabalham por conta própria. Os plebeus criam animais, cultivam a terra e fabricam artesanalmente objetos de usos diversos. Toda produção é vendida localmente em pequenas feiras. Boa parte da produção é vendida para a monarquia que paga o preço justo pelo que compra.

O dinheiro daquele País circula de um lado para o outro e todos pagam ao rei, 20% do que vendem a título de imposto. Parte do dinheiro dos impostos é revertido a população em forma de programas assistenciais e obras de infraestrutura.

Este País possui uma moeda própria, denominada gosma (GO$). O rei é o único que tem poderes para cunhar novas gosmas. Não há inflação naquele País. O rei e sua família concentram 70% de toda riqueza do País. Seus assessores detém outros 10%. Outros 20% está em poder dos 9.900 habitantes.

A renda per capita é de GO$ 1.000 por habitante, porém há uma grande concentração de renda e riqueza nas mãos da monarquia e de seus assessores. A renda e a riqueza está mal distribuída.

Um dia o rei tomou uma decisão. Ele resolveu financiar um grupo de plebeus empreendedores que desejavam criar uma empresa industrial voltada para a fabricação de alimentos em larga escala, de forma a atender as necessidades do povo que já não eram atendidas pela pequena produção artesanal.

O Rei chamou os seus assessores que elaboraram um plano de negócios afim de avaliar a viabilidade técnica, operacional, comercial e financeira do projeto da fábrica. O “business plan” foi aprovado e o projeto executado, 100% financiado com recursos do banco do Rei.


Ao entrar em operação, a nova fábrica vai gerar e distribuir renda à boa parte da população, beneficiando os “steakeholders” (aqueles que possuem interesse no negócio).


A decisão do Rei é louvável, pois transfere parte de sua riqueza para uma atividade produtiva, beneficiando os agentes econômicos envolvidos direta ou indiretamente na operação, com o consequente aumento do PIB do País, aumento da renda per capita e a distribuição de renda.

A contabilidade da Indústria Gosma Ltda, com suas técnicas e procedimentos, será capaz de medir a riqueza gerada e distribuída à todos os envolvidos (agentes econômicos), direta ou indiretamente pela nova empresa. Os “stakeholders”, com base nos relatórios gerados pela contabilidade poderão tomar decisões de seus interesses e do interesse da coletividade.”

A riqueza gerada e distribuída sob o enfoque da contabilidade considera a circulação de mercadorias e serviços e não a sua produção, pois não considera a capacidade produtiva instalada e não utilizada e a produção não vendida.

“Viva a Contabilidade, ela é uma grandiosa ferramenta de interesse social.”

Nas próximas postagens, quando for abordado as demonstrações contábeis, falaremos sobre a Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

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