A CRIAÇÃO DE RIQUEZA E A CONTABILIDADE
Você gosta de “estórias” ? Deixe-me contar uma. Ela é pequena e
não vai tomar muito do seu tempo. Estou até acreditando que tenho uma faceta de
contador de “estórias”. Bom ! A intenção é tentar mostrar o papel da contabilidade
na mediação da riqueza de uma nação e
como esta riqueza é distruída pela sociedade. A contabilidade tem forte
influência sobre a sociedade. E nós profissionais deste ramo temos uma
importância ìmpar. Valorize-se sempre como profissional. Somos muito
importantes para o País. E tenho dito!!!
“Imagine
um País com 10.000 habitantes, governado por um rei e sua família composta por 40
integrantes. Para assessora-los, o rei possui 60 colaboradores diretos. Os
outros 9.900 habitantes daquele País formam o restante da população, são os
plebeus. Todos trabalham por conta própria. Os plebeus criam animais, cultivam a
terra e fabricam artesanalmente objetos de usos diversos. Toda produção é
vendida localmente em pequenas feiras. Boa parte da produção é vendida para a
monarquia que paga o preço justo pelo que compra.
O dinheiro
daquele País circula de um lado para o outro e todos pagam ao rei, 20% do que
vendem a título de imposto. Parte do dinheiro dos impostos é revertido a
população em forma de programas assistenciais e obras de infraestrutura.
Este
País possui uma moeda própria, denominada gosma (GO$). O rei é o único que tem
poderes para cunhar novas gosmas. Não há inflação naquele País. O rei e sua
família concentram 70% de toda riqueza do País. Seus assessores detém outros 10%.
Outros 20% está em poder dos 9.900 habitantes.
A
renda per capita é de GO$ 1.000 por habitante, porém há uma grande concentração
de renda e riqueza nas mãos da monarquia e de seus assessores. A renda e a riqueza
está mal distribuída.
Um
dia o rei tomou uma decisão. Ele resolveu financiar um grupo de plebeus
empreendedores que desejavam criar uma empresa industrial voltada para a
fabricação de alimentos em larga escala, de forma a atender as necessidades do
povo que já não eram atendidas pela pequena produção artesanal.
O
Rei chamou os seus assessores que elaboraram um plano de negócios afim de avaliar
a viabilidade técnica, operacional, comercial e financeira do projeto da
fábrica. O “business plan” foi aprovado e o projeto executado, 100% financiado
com recursos do banco do Rei.
Ao
entrar em operação, a nova fábrica vai gerar e distribuir renda à boa parte da
população, beneficiando os “steakeholders” (aqueles que possuem interesse no
negócio).
A
decisão do Rei é louvável, pois transfere parte de sua riqueza para uma
atividade produtiva, beneficiando os agentes econômicos envolvidos direta ou
indiretamente na operação, com o consequente aumento do PIB do País, aumento da
renda per capita e a distribuição de renda.
A
contabilidade da Indústria Gosma Ltda, com suas técnicas e procedimentos, será
capaz de medir a riqueza gerada e distribuída à todos os envolvidos (agentes
econômicos), direta ou indiretamente pela nova empresa. Os “stakeholders”, com
base nos relatórios gerados pela contabilidade poderão tomar decisões de seus
interesses e do interesse da coletividade.”
A
riqueza gerada e distribuída sob o enfoque da contabilidade considera a
circulação de mercadorias e serviços e não a sua produção, pois não considera a
capacidade produtiva instalada e não utilizada e a produção não vendida.
“Viva a Contabilidade, ela é uma grandiosa ferramenta de
interesse social.”
Nas próximas postagens, quando for abordado as demonstrações contábeis, falaremos sobre a Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário